Durante o seu apogeu, os discos de vinil foram
produzidos sob diferentes
formatos:
LP: abreviatura do inglês Long Play (conhecido na
indústria
como, Twelve inches— ou, “12 polegadas” (em
português) ). Disco com
31 cm de diâmetro que era tocado a 33 1/3 rotações
por minuto. A sua
capacidade normal era de cerca de 20 minutos por
lado. O formato LP
era utilizado, usualmente, para a comercialização
de álbuns completos.
Nota-se a diferença entre as primeiras gerações dos
LP que foram
gravadas a 78 RPM (rotações por minuto).
EP: abreviatura do inglês Extended Play. Disco com
25 cm de diâmetro
(10 polegadas), que era tocado, normalmente, a 45
RPM. A sua
capacidade normal era de cerca de 8 minutos por
lado. O EP
normalmente continha em torno de quatro faixas.
Single ou compacto simples: abreviatura do inglês
Single
Play (também conhecido como, seven inches—ou, “7
polegadas”
(em português) ); ou como compacto simples. Disco
com 17 cm de
diâmetro, tocado usualmente a 45 RPM (no Brasil, a
33 1/3 RPM). A sua
capacidade normal rondava os 4 minutos por lado. O
single era
geralmente empregado para a difusão das músicas de
trabalho de um
álbum completo a ser posteriormente lançado.
Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Disco com
31 cm de diâmetro e
que era tocado a 45 RPM. A sua capacidade era de
cerca de 12 minutos
por lado.
Diferenças entre os principais formatos de discos
Os discos de goma-laca de 78 rotações, foram
substituídos pelo LP.
Depois o CD tomou o lugar de destaque do LP, pois
teve ampla
aceitação devido sua praticidade, seu tamanho
reduzido e som,
aparentemente, livre de ruídos. A propaganda do CD
previa o fim
inevitável do LP, que é de manuseio difícil e
delicado. Na verdade,
décadas após a criação dos CD os discos de vinil
ainda não foram
totalmente aposentados.
Entusiastas defendem a superioridade do vinil em
relação às mídias
digitais em geral (CD, DVD e outros). O principal
argumento utilizado é o
de que as gravações em meio digital cortam as
frequências sonoras
mais altas e baixas, eliminando harmônicos, ecos,
batidas graves,
“naturalidade” e espacialidade do som. Estas
justificativas não são
tecnicamente infundadas, visto que a faixa dinâmica
e resposta do CD
não supera em todos os quesitos as do vinil.
Especialmente quando se
trata de nuances que nos sistemas digitais são
simulados através de
técnicas de dithering.
Os defensores do som digital argumentam que a
eliminação do ruído (o
grande problema do vinil) foi um grande avanço na
fidelidade das
gravações. Os problemas mais graves encontrados com
o CD no início
também foram aos poucos sendo contornados. Os
sucessores do CD,
o DVD-Audio e o SACD, oferecem largura de banda e
amostragens
superiores ao CD, apesar de sua baixa penetração no
mercado, devido
à proliferação do mp3, um formato digital
independente de mídia, mas
com notáveis perdas de qualidade de som devido aos algoritmos
de
compactação de dados.
Ainda existe o forte aspecto lúdico que os discos
de vinil proporcionam
segundo os seus defensores, já que a embalagem
comercial do LP
proporciona um espaço muito maior de exposição em
relação ao CD por
exemplo; onde costuma-se inserir artes e posters em
tamanho muito
superior, e de fato vários vinis lançados ao longo
dos seus anos
dourados (e atualmente também) possuem em suas
embalagens
verdadeiras obras de arte, muito apreciadas por
entusiastas que as
manuseiam durante a audição dos discos. Este ritual
próprio de
desembalar, manusear cuidadosamente o disco,
apreciar a arte dos
grandes encartes, virar manualmente os lados quando
estes acabam é
muito apreciado pelos defensores desta mídia
analógica, representando
uma melhor apreciação do som e do produto
mercadológico oferecido
pelo artista.
Por estes motivos até hoje se fabrica LP e
toca-discos em escalas
consideráveis, bem como intensa procura e troca de
novos e usados,
que são objetos de relíquia e estima para
audiófilos e entusiastas de
música em geral.
Nos EUA, o comércio de vinil voltou a crescer acima
de 50% em 2014.
De acordo com o The Wall Street Journal, ao todo
9,2 milhões de LPs
foram vendidos no no ano de 2014, um crescimento de
53% em relação
a 2013. No total, a pesquisa de Nielsen SoundScan
aponta que as
compras dos discos nos EUA representam 6% de todo
consumo de
música no país. Entre os artistas que mais venderam
disco de vinil,
estão: Artic Monkeys, Lorde, Lana Del Rey, Lady
Gaga, entre outras
bandas que atraem um público mais jovem no país e
no restante do
mundo.
Todavia, em 2017 os discos de vinil mais vendidos
vieram de
relançamentos de clássicos (The Beatles, Pink Floyd
e outros), grandes
nomes da atualidade como Ed Sheeran e trilhas
sonoras como
Guardiões das Galáxias e La La Land.
De acordo com o relatório da Recording Industry
Association of
America (RIAA) que consolida os números de 2017, os
downloads
digitais representam menos receita e menor
quantidade de vendas
perante as mídias físicas como CDs e discos de
vinil, mesmo levando
em consideração que os CDs estão cada dia mais em
baixa. Essa
recente divulgação da RIAA mostrou que as vendas de
downloads
digitais despencaram no ano de 2017.
Com queda de 25%, os downloads digitais renderam
apenas US $ 1,3
bilhão em relação ao ano anterior, enquanto a
receita de produtos físicos
caiu apenas quatro por cento, faturando US $ 1,5
bilhão. É o terceiro
ano consecutivo em que o formato de downloads
digitais registra
declínios de dois dígitos, e a primeira vez desde
2011 a ficar atrás das
vendas de músicas físicas (CDs mais discos de
vinil). E como
consequência disso, a Apple (uma das pioneiras de
vendas neste
formato) já anunciou mudanças no seu negócio de
downloads de música
e vai fechar o iTunes LP.
De acordo com o relatório da IFPI (Federação
Internacional da Indústria
Fonográfica) de 2017, o streaming de música é o
modelo que mais
alcança rentabilidade para a indústria fonográfica,
porém, os discos de
vinil, mesmo não representando as grandes
rentabilidades do streaming,
é considerado como uma das mídias mais em alta e
mais rentáveis dos
últimos anos.
No Brasil e na América do Sul
No Brasil, o LP começou a perder espaço em 1992. Em
1993 foram
vendidos no Brasil 21 milhões de CDs, 17 milhões de
LPs e 7 milhões
de fitas cassetes.
O LP foi lançado comercialmente em 1951, mas só
começaria a
suplantar o formato anterior a partir de 1958
(formato 78 RPM de 10
polegadas fabricados em goma-laca, que foram
introduzidos no país
em 1902 e abandonados de vez em 1964). Com o
lançamento do CD
em 1984, anos depois o LP começou a perder espaço (isso
a partir
de 1992). Em 1991 foram vendidos 28,4 milhões de
LPs no Brasil.
Em 1993 foram vendidos 21 milhões de CDs, 16,4
milhões de LPs e 7
milhões de fitas cassetes e em 1994 foram 14,5
milhões de LPs. O LP
ainda manteve vendagens razoáveis até o final de
1995, mantendo
nesse ano vendagens entre 5 e 10 milhões de cópias.
A partir de janeiro de 1996, as vendas do LP
começaram a declinar
acentuadamente em função da estabilização da moeda
(consequência
do Plano Real e melhoria do poder aquisitivo da
população, que permitiu
a população adquirir mídias musicais mais
modernas), apesar de nesse
ano as vendagens de LP serem de 1,6 milhão de
unidades e quase zero
no ano seguinte. As grandes gravadoras produziram
LPs até 31 de
dezembro de 1997, restando apenas uma gravadora
independente
em Belford Roxo (a Vinilpress), vindo a falir no
ano 2000 fazendo o vinil
praticamente sair das prateleiras do varejo
fonográfico. Apesar disso,
uma pequena parte ainda foi comercializada até
meados de 2001,
quando começaram a popularizar mídias digitais tais
como o Ipod e
o Napster.
Na segunda metade de 2008, os proprietários da
Polysom, informados
do volumoso crescimento na venda de vinis nos
Estados Unidos e
na Europa, depararam-se com a possibilidade de
adquirir o maquinário
da antiga fábrica e reativá-la. Em setembro do
mesmo ano, começaram
as diligências e os estudos que resultaram na aquisição
oficial, em abril
de 2009. No final de novembro de 2009, depois de
meses
de restauração, a fábrica finalmente fica pronta,
sendo feitos os
primeiros testes com os LPs produzidos. A fábrica
tem capacidade para
produzir 28 mil LPs e 14 mil Compactos por mês.
Estabeleceu-se como
única fábrica de vinis de toda a América Latina,
condição que se
mantinha até o final do terceiro trimestre de 2017,
quando a fábrica Vinil
Brasil foi inaugurada.
Porém, a partir de 2016 e 2017 a cultura do vinil se
espalha e são
abertas fábricas
[18] em outros países da América
do Sul, como a
Argentina e o Chile. Na Argentina, a Laser Disc e a
Hamilton Records, e
no Chile, a Libre Records. Desta forma, passamos a
ter neste pedaço
das Américas, duas fábricas no Brasil (Polysom e
Vinil Brasil), duas na
Argentina (Laser Disc e Hamilton Records) e uma no
Chile (Libre
Records), totalizando 5 fábricas no subcontinente.
No Peru, a Infopesa passou a vender discos de vinil
do seu catálogo
nacional – vendidos no Peru, contudo, os discos são
fabricados em
outros países – e na Colômbia há uma tentativa de
reconstrução da
fábrica de Henry Cavanzo.
Apenas 29 países no mundo possuem fábricas de
vinil, portanto, é uma
atividade industrial bastante escassa com 990
fábricas ao todo e no continente
africano não existe nenhuma
http://twixar.me/Jnpn
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